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A Verdade Basta

domingo, 1 de maio de 2016

Crise econômica eleva valor da cesta básica e causa impactos no bolso dos brasileiros



foto: Bruno Dantas
 Alimentos principais da cesta básica brasileira / Foto: Bruno Dantas

Assolado pela recente crise econômica, a população brasileira vem sentindo os fortes impactos do aumento de bens e serviços em todo o país. Um dos principais componentes dos gastos dos brasileiros, a Cesta Básica,  teve em seus principais  alimentos uma grande elevação nos preços, nos últimos meses. 

A desvalorização do Real, combinado com a alta expressiva de moedas internacionais, resultantes da falta de credibilidade do governo atual por parte de investidores nacionais e internacionais, vem acarretando, também,  inúmeros prejuízos e déficits nas mais diversas áreas da economia nacional. 

Indústria, transporte, educação e  alimentação vem sendo os mais afetados. Na área da alimentação em especifico, o valor médio da cesta básica subiu em todas as capitais do país. O custo está tão alto que segundo especialistas, seria preciso, que o brasileiro recebesse, pelo menos, quatro salários mínimos para conseguir sustentar a si mesmo e uma família de quatro pessoas.

Empregada doméstica e dona de casa, Carmem Sousa, afirma que o preço dos tradicionais arroz e feijão, presentes na mesa dela e de praticamente todos os brasileiros, tem ficado cada dia mais caro. 

Com apenas um salário mínimo para sustentar si mesma e a sua família, ela conta que nos últimos meses, tem procurado outras maneiras para economizar na hora por de garantir o almoço e a janta dentro de sua casa: “ Eu já troquei de marcas, procurei outros mercados, mas não adianta muito. Tudo está caro em todo lugar. 1 KG de feijão, você não encontra por menos de 5 ou 6 reais hoje em dia; isso os de marcas mais simples. Tá difícil a situação”.


Assim como Carmem, diversos brasileiros tem enfrentado dificuldades na hora de prover os alimentos principais de um cesta básica. Além do Feijão, o óleo, a farinha, o arroz, o macarrão e inclusive o sal e o açúcar aumentaram pelo menos 15% nos últimos 6 meses segundo uma Pesquisa Nacional de Alimentos, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). 

E se a crise prejudica o bolso do consumidor, também vem afetando as contas dos  grandes supermercados no final do mês.


Do outro lado

Proprietário de uma rede de lojas e mercados em Francisco Morato, região metropolitana do estado de São Paulo, Claudio Fernandez, conta que por causa da crise, "Os fornecedores também tem tido dificuldades em manter o preços padrões, e por isso, acaba influenciando na alta dos alimentos na hora de repassar os produtos para os consumidores".

Segundo Claudio, houve uma baixa nas contas do Mercado. “As pessoas tem diminuído o consumo e gastado menos. E isso me prejudica também. Eu tento manter a faixa de preços, mas tem sido praticamente impossível. Só nesse mês eu dispensei 10 funcionários, pois o valor que entrou, não foi e nem tem sido suficiente pra arcar com todas as contas e despesas".



No atual momento da economia, o melhor a se fazer é repensar a forma de como se gastar e apreender a economizar para driblar a crise.  Confira abaixo, algumas dicas, para não chegar ao fim do mês, no "vermelho".

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* Evitar o desperdício colabora 
É infelizmente comum que os brasileiros desperdicem comida todos os dias. E isso, se evitado, gera economia também. Evitar cozinhar ou preparar alimentos em grandes quantidades, que depois acabam indo parar no lixo, faz com que sobre mais alimentos em estoque, e atrase o tempo em que uma pessoa precisará retornar ao supermercado novamente. 

*Pesquisar preço
Por mais obvio que possa parecer, pesquisar preços, ainda é a melhor saída para economizar na hora de fazer as compras mensais para dentro de casa. Consultar mais de um mercado, ir em outros, pode fazer qualquer pessoa gastar até 10% a menos do que ela normalmente gastaria se fosse no mesmo local que está acostumada.


*Evite comprar o que não precisa
Evitar comprar coisas supérfluas que não são necessárias. Gaste somente com o que é preciso, e esta faltando dentro de sua casa. Outra boa ideia, é , se possível, comprar sempre em estoque. Assim, você evita inúmeras idas ao supermercado, e logo, economiza mais. 

*Nem sempre, o mais caro é o melhor

É comum termos a ideia estereotipada de que, os melhores produtos, são os mais caros. Mas isso não verdade. Nem sempre, o que é mais caro, costuma ser mais rentável. Arriscar-se a utilizar outros produtos, mais baratos, pode realmente surpreender. Muitas vezes, diferentes produtos podem ser fabricados pela mesma empresa, que por sua vez, se aproveita do uso de marcas diferentes, somente para vender e enrolar o consumidor.

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